terça-feira, 22 de junho de 2010

04.1 - O Princípio da Incerteza Temporal - “P.I.T.”.

04.1 - O Princípio da Incerteza Temporal - “P.I.T.”.

No cap. 3, devido à natureza relativa da simultaneidade, vimos que o tempo anda a taxas diferentes em referenciais com movimento relativo. É constatado teórica e experimentalmente que em locais onde temos variação no potencial gravitacional, ou em ambientes sujeitos a uma variação inercial, também se verifica a existência de freqüências temporais diferentes, uma conseqüência da Teoria da Relatividade Geral.

Então, para o mundo microscópico ou subatômico, onde também se verifica o movimento relativo assim como a presença de inércias, devemos aceitar a validade destes fenômenos, que introduzem a coexistência do passado e do futuro num mesmo ambiente ou a “incerteza no tempo presente”.






Considerando a existência de freqüências temporais diferentes, num sistema atômico, devemos admitir que, quando imaginarmos este micro-cosmos num ambiente maior ou macro-cosmos, que podemos adotar como referencia, devemos ter um local do micro-cosmos que se encontre em equilíbrio temporal ou acompanhe a velocidade do fluxo do tempo próprio do macro-cosmos.

Delegamos este local, no átomo, ao núcleo, ou ao seu centro de massa (CM), que até poderia ser um local geometricamente próximo do núcleo, como sendo, este o ponto de referência ao macro-cosmos. Devemos considerar, também, que além deste se encontrar geometricamente no centro é nele que se concentra a maior parte da massa, sempre numa proporção média maior que 2000 para 1. Podemos então dizer, que é através deste ponto central que se estabelece uma ligação temporal, do tempo de referência nuclear ao ambiente exterior ou macro-cosmos.

Afinal temos que ter algum relógio padrão, ou local, como referencial de comparação, tipo um tempo padrão que possa servir de referencia, pelo qual possamos fazer comparações no fluxo ou na velocidade com que o tempo evolui. A escolha de um ambiente no qual não exista grande variação de velocidades entre seus constituintes seria um ponto referencial mais indicado, para o caso de um átomo, podemos adotar outros átomos ou macroestruturas que se encontrem nas imediações ou aquilo que o cerca externamente o macro-cosmos.

Nos átomos mais pesados, este ponto de referência fica bem melhor definido, devido à distribuição mais homogênea dos elétrons na eletrosfera e a concentração maior de massa (? = energia) do núcleo, enquanto que nos átomos mais leves este ponto oscila consideravelmente. Este é um motivo, pelo qual, na experiência da dupla fenda (veremos no cap. 16) com átomos leves, também são observadas as figuras de interferência características de fótons ou elétrons. Este também é o motivo da dificuldade de se realizar esta mesma experiência com átomos muito pesados.

Para fazer uma experiência imaginada desenhamos na figura 04-02 o esquema de um átomo de H, onde este possui dois Sistemas de Observação (S.O.), o A e o B, colocados em lados opostos ou em locais diferentes, é importante que isto seja imaginado em três dimensões. Entende-se por sistema de observação (S.O.), um local ou uma unidade, constituída por um ou uma coletividade grande de átomos, e que, entre eles se estabeleça um referencial, consolidando dessa forma um tempo próprio do local, totalmente independente das oscilações temporais individuais dos átomos e/ou de suas partes, evidentemente, que dentro das condições estabelecidas pelos princípios da relatividade.

Fazendo-se agora uma experiência imaginada, onde se supõe que às partes integrantes deste átomo, num determinado instante quaisquer, emitam um sinal de natureza irrelevante, tipo um flash, que possua velocidade da luz c, pode-se verificar o seguinte:

Para o S.O. A, o sinal do elétron, chega no tempo “te = (l - raio)/c”, enquanto que o sinal do núcleo no tempo “tp = l / c ”, verificamos que “te < tp”, ou seja, constata-se que o elétron, para o S.O. A, esta no futuro, porque o sinal chega antes que o sinal de referência do núcleo, ou seja, aqui o elétron esta no futuro do tempo próprio do local.

Para o S.O. B, o sinal do elétron chega depois, verificando que ele se encontra no passado em relação ao núcleo ou macro tempo.

Verifica-se ainda, que cada S.O. constata uma realidade diferente para este átomo, conclui-se então que o elétron oscila entre o passado e o futuro, como uma senoide (em 2D), conforme ilustra a Fig.04-03., e ainda, que cada S.O. terá uma senoide diferente. É no somatório destas ondas, do todos os SO, que está baseada a matemática da MQ. Somente no colapso é que a MQ pode atribuir à partícula uma determinada onda de um determinado conjunto de possibilidades, antes disso é só incerteza.

Esta oscilação, imaginada em três dimensões, se apresenta como se fosse um helicóide ou espiral, ou, quando for projetada em um gráfico de duas dimensões, como vemos na fig.04-03, ela é representada por uma onda senoidal.








Pode-se observar que este passado recente ou este futuro próximo, observados nos átomos, são tempos muito pequenos, e são diretamente proporcionais ao tamanho do átomo, só por curiosidade, calculamos este tempo:



(04-09)


Experimentalmente, já foi constatado, que, quando se “observa” o escape de um elétron do átomo, verifica-se que ele o faz “obrigatoriamente” pelo núcleo, mesmo sabendo-se que ele não poderia estar ali. Ou seja, temos aqui uma confirmação experimental de que é o núcleo, a ligação do sistema temporal do átomo, com o tempo de referência externo ou tempo próprio do local.

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