segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Felicidade

A Tal felicidade.

Acabei de ler um livro de Darrin MacMahon chamado Felicidade e percebe-se por lá, que desde o início da humanidade, a felicidade é o bem mais precioso, talvez até mesmo o fim de estarmos de passagem por este planeta.

E as buscas e interpretações são as mais variadas.

Alguns filósofos acham que é impossível o homem ser feliz.

Uns santos, outros místicos, descobrem que apenas na "iluminação", no encontro com o Altíssimo, se poderá vislumbrar um pouco de felicidade, já que totalmente é impossível, enquanto houverem pessoas infelizes no mundo, e parece que tão cedo não deixarão de existir.

Os Epicuristas, acham que devemos só pensar no prazer, no bem estar e por isso, sermos até um pouco egoístas.

Algumas religiões nos dizem que só a alcançaremos plenamente no outro mundo. Além disso, tem que haver uma certa dose de sofrimento e "infelicidade" neste mundo, para se obter créditos para o desconhecido. E parece que não somos "infelizes" o suficiente para garantir o prêmio quando trocarmos de mundos. Pelo menos não há testemunhos vivos disso.

Outros a encontram na arte. Outros no trabalho, na caridade, na renúncia, no desprendimento, no desapego...enfim, o livro tem quase 600 páginas.

Mas parece que todos concordam com uma coisa. A felicidade é sua responsabilidade. E só você tem o comando dela. Você é aquilo que pensa, já diziam os filósofos antigos.

Se queremos que o mundo mude, temos que mudar. Nosso interior é apenas o reflexo do que acreditamos. Quando nosso "ego" está no comando estamos reféns do que o sistema nos aprisiona e nos faz crer que precisamos para viver.
O paradoxo da burrice é que continuamos fazendo o que sempre fizemos e queremos resultados diferentes.

Achamos que o mundo deve agir de acôrdo com a "nossa" percepção.
Somos feitos e depois formados completamente diferentes uns dos outros. Nossos desejos, instintos, sonhos, vontades e percepções do mundo, do país, da cidade, da família, de nós mesmos, são completamente diferentes mesmo de quem está mais próximo de nós.
As coisas são tão perfeitas que num mundo de 6 bilhões de almas, não existem dois iguais.

Se não nos conhecemos, como pretendemos conhecer os outros. E pior, querer determinar o que é melhor para eles.

"Quem que eu sou e o que é que eu quero", era as duas perguntas que o velho Freud mandava fazer, cada vez que tinhamos a prepotência de querer determinar a vida dos outros.

Nosso amigos não são perfeitos, não professam nossa mesma crença, não tem os mesmos valores, não tem a mesma fé, nem gostam da mesma comida, mas mesmo assim os respeitamos, admiramos e os temos em grande conta.

Um sinal de inteligência emocional é não criticar e não julgar, aceitando os outros como são. Afinal cada um dá e faz o que pode e não o que quer.

E os filhos, o que fazemos com eles? Imbuídos da "Síndrome de Deus", queremos que eles ajam "à nossa imagem e semelhança".
Pobrezinhos. Os temos presos pelos laços afetivos e emocionais, além do DNA, mas eles não vêem a hora de voar com suas próprias asas, conhecer outros horizontes, cometer seus próprios êrros, viver "seus" desejos e não os desejos da mãe, do pai.
Além do que, vivemos numa época de transformações e mudanças tão radicais que, por mais atualizados que tentemos estar, não temos como acompanhar o que cada um percebe, sente e planeja para si.
Os tempos são outros. Oh tempus, oh mores!
Como dizia um Mestre: Os filhos de hoje são mais filhos do nosso tempo, do que dos nossos pais. Então porque querer que eles vivam como nós achamos que deve ser?

O que podemos fazer é mostrar o caminho, através de exemplos, e torcer para eles façam as escolhas certas que os conduzam à uma vida de paz.
Nossos filhos não nos ouvem muito, mas nos vêem sempre, mesmo quando não estão olhando.
O quanto temos de equilíbrio, tolerância, paciência, dignidade, honestidade, etc. não são o que dizemos, mas o que eles percebem em nós.
Se entendermos isso, parte dos conflitos estarão resolvidos.
Como diziam os Taoístas: "Na vida não existem castigos, nem recompensas, só consequências".

Segundo estudos da Universidade de Pesquisas Filosóficas dos EUA, nossas preocupações sobre nós mesmos se encaixam em oito medidas: elogio e culpa, perda e ganho, prazer e dor, e por último, fama e vergonha.
Tudo que nos faz sentir pra cima e pra baixo está nessa categoria. Isso só acontece quando agimos através do EGO.
Todas as vezes que somos egocêntricos, estaremos agindo a partir do pensamento. Não será essa a realidade, mas sim o Universo que gira em torno dessas oito medidas. Tudo será avaliado assim, se ganhamos ou perdemos, se temos prazer ou dor e assim por diante.

Se queremos ser felizes temos que sentir com o coração e não com a mente. Nossos objetivos vêm naturalmente como resposta de nosso envolvimento emocional do que fazemos.
Nossa mente é condicionada desde o nascimento (ou até antes dele) e, por segurança ou comodidade, tendemos a repetir os padrões que achamos serem corretos. É a "nossa" verdade.
Cada um tem a sua e devemos respeitar isso.

Assim como não devemos "atrelar" nossa felicidade e bem estar à coisas externas, ao "outro". Porque as coisas se deterioram, se perdem, são roubadas. O "outro" pode deixar de nos amar, ir embora, encontrar um novo amor (filhos quando se casam, por exemplo) e vamos nos sentir ameaçados, injustiçados ou desprezados, sem entender que é o ciclo natural das coisas, que se modificam.

Uma das capacidades que diferencia uma pessoa feliz da infeliz é saber lidar com as frustrações e ao invés de atacar os vínculos, ou fugir, transformá-las, buscando outros níveis de compreensão.
Também, a capacidade de aceitação das diferenças e de aceitar a chegada dos anos, sem aquele excesso de saudosismo e nostalgias, nos mostram como cada pessoa é capaz de lidar com sua felicidade.

Se organizamos nossa vida em torno dos valores supremos como tolerância, justiça, igualdade, verdade (nossa e a dos outros), amor, liberdade e paz, a felicidade virá até nós. Essa é a afinação do Universo.

Nossa maior jornada é para dentro de nós e não para o Sucesso que é uma exigência da mídia. Não temos o direito de estarmos tristes, volta e meia desanimados, sem energia. O volume de informações e o massacre de "tipos ideais" estigmatizados nos deixam em dúvida se estamos no caminho certo.

Cada um de nós é um ser único e que manifesta a beleza de Deus. Passamos um bom tempo tentando imitar ou se parecer com alguém que “deu certo” e demoramos a entender que isso é que não dá certo. A felicidade vem de dentro. Temos que perguntar ao nosso Eu Interior, o Eu superior o que precisamos fazer por nós. Para o engrandecimento de nosso espírito.

Não somos os eternos "mestres de cerimônia" do mundo, tentando resolver o problemas dos outros.
Cada um tem o livre arbítrio e por isso responsável pelas consequências de suas escolhas pessoais. Nós seremos pelas nossas sómente.

A exemplo do que dizem as aeromoças antes dos vôos...."em caso de descompressurização desta aeronave, coloquem as máscaras primeiro em vocês para depois ajudarem as crianças ou idosos ao seu lado, etc.", quer dizer. se quisermos ajudar os outros sem estarmos em condições, podemos desmaiar e todo mundo vai pro beleléu.
Sem estarmos preparados, causamos mal maior em tentar "ajudar" os outros. Quem precisa de ajuda primeiro somos nós.

O controle que queremos ter sobre os outros, devemos exercitar sòmente em nós mesmos. Essa é a chave da compreensão do mundo.

Precisamos parar de perder tempo, e buscar ser a expressão maior de viver em paz internamente e enquanto estivermos nesta vida, vivermos. E que cada um cuide sa sua.

O encontro da felicidade depende só de nós, é a triste e antiga conclusão do livro. Porque nos recusamos a acreditar nisso?
Que tal viver e deixar viver de acordo com as possibilidades e desejos de cada um?

G.Vargas

Was unsterblich im Gesang soll leben,

Was unsterblich im Gesang soll leben,
Mus im Leben untergehen
O que deve viver imortal na canção, tem de perecer na vida – Schiller.

A indignação dos textos que estou recebendo de amigos, conhecidos e até gente que nunca vi, sobre a atual situação da política brasileira e do aparelhamento do Estado, com absoluto silêncio do Judiciário, do Legislativo e das cabeças pensantes que protestaram contra a Ditadura, contra Collor e parecem satisfeitas com o encaminhamento muito possível e próximo para uma República Sindicalista,com aumento e fechamento das benesses à “Nomenklatura” no poder, coincidiu com uma releitura sobre Moisés e o Monoteísmo de Freud, talvez estimulado pela minha recente subida ao Monte Sinai, o Gebel Musa (Montanha de Moisés) dos árabes ou o Serabith El Kadim do beduíno que me guiou numa noite de lua cheia.
Talvez estimulado pela referência à Freud, feita por Lula em um vídeo que recebi recentemente.

Não tenho o poder da síntese e quando releio, mudo sempre. Pode ser longo e sem graça. Ninguém precisa ler. Até porque não sei para o que vai servir. Muitos textos, bem melhores e mais sucintos tem circulado por aqui.

Busco apoio em partes do texto de Freud e transcrevo abaixo


È boa regra no trabalho de análise, contentar-se em explicar o que realmente
está perante nós e não procurar explicar o que não aconteceu.


De qualquer maneira, talvez a atual oposição devesse pensar no que deixou de fazer nesses anos todos que esteve no poder. Deixou de entender, como o PT entendeu tão bem, na matéria prima de que é feita nosso povo.
A oposição ficou na posição defensiva dos esquizo-paranóicos que pensam: Se sou bonzinho e faço tudo certo, o mundo vai me tratar bem.


“...como é possível a um homem isolado desenvolver uma eficácia tão extraordinária para poder formar um povo...a tendência moderna é antes no sentido de fazer remontar os acontecimentos da história humana a fatores mais ocultos, gerais e impessoais, à influência irresistível das condições econômicas, a alterações em hábitos alimentares, a avanços e usos de materiais e ferramentas...os indivíduos, representantes de tendências grupais que estão fadadas a encontrar expressão, e a encontram, nesses indivíduos específicos, em grande parte, por acaso.”

Permitam-me portanto, tomar como certo que um grande homem influencia seus semelhantes por duas maneiras: por sua personalidade e pela idéia que ele apresenta. Essa idéia pode acentuar alguma antiga imagem de desejo das massas, ou apontar um novo objetivo de desejo para elas, ou lançar de algum outro modo seu encantamento sobre as mesmas. Ocasionalmente...a personalidade funciona por si só e a idéia desempenha papel bastante trivial....sabemos que na massa humana existe uma poderosa necessidade de uma autoridade que possa ser admirada, perante quem os curvemos, por quem sejamos dirigidos e, talvez, até maltratados.

E continua Freud.

... trata-se do anseio pelo pai que é sentido por todos...e que a essência
dos grandes homens, pela qual em vão buscamos, reside nessa conformidade. A
decisão de pensamento, a força de vontade, a energia da ação, fazem parte do
retrato do pai – mas, acima de tudo,a autonomia e a independência do grande
homem, sua indiferença divina que pode transformar-se em crueldade.
Tem-se
de admirá-lo, pode-se confiar nele, mas não se pode deixar de temê-lo também.

Credo quia absurdum – Creio porque é absurdo ( Atribuído a Tertuliano).

O que virá por aí depois do plebiscito que referendará Dilma/Lula e o PT/PMDB talvez já no primeiro turno? Tudo o que já está aí, deverá se aprofundar, com algumas cores prevalecendo mais que as outras dentro da briga intestina que se vislumbra entre os partidos de sustentação e dentro do próprio PT com sua colcha de retalhos ideológica, que vai desde os moderados do mensalão, passando pelos coluna do meio com cara de paisagem por não saberem para onde ir (não os critico, no cenário político de hoje, ficou tudo muito parecido, e na dúvida fica-se próximo ao poder) até os radicais de extrema esquerda que parecem personagens saídos de algum livro de Marx ou Engels, brandindo uma retórica do que não deu certo, tomados que estão pela síndrome de Gabriela (eu nasci assim, vou morrer assim...) e que quem tentou sofre para se recuperar das ideologias utópicas e impossíveis.

Riqueza mal distribuída é melhor do que pobreza muito bem distribuída, como ironizou Churchill com Stalin em Ialta.

Se auto intitular o maior presidente que o Brasil já teve parece uma antecipação narcisista do que a história irá avaliar e determinar.
Vargas também pediu ao povo para manter seu legado. Kubistchek deixou exemplos e ainda não teve sua história terminada porque recente demais para se avaliar o impacto no todo, como disse Mao Tse Tung sobre sua enorme China.

Ser o maior por determinação própria, me veio a mente o Faraó Ramsés II, que tratou de eliminar o que os outros fizeram antes dele, fazendo muita propaganda em forma de monumentos, templos e palácios, todos, óbviamente com sua esfígie, substituindo nos 3km que ligam Tebas (atual Luxor) a Karnak, todas as cabeças de carneiro, símbolo divino da época (devem ser centenas), pelas suas imagens, que estão sendo retiradas, embora um pouco tardiamente...
O mesmo Ramsés II, em guerra contra os Hititas da Ásia Menor, teria se rendido (é a versão na Turquia), mas apregoou a todos (versão Egípcia fornecida entre risos) que teria selado o primeiro “pacto de não agressão” do mundo e passou a chamar o Rei Hitita (que me escapa o nome) de irmão.
Lembra algo da nossa política recente? Sir Ney, Renan ou Khollor seriam os nomes do Rei Hitita?

Dentro das espécies, existem sub-espécies, que se reproduzem rapidamente e infestam o organismo governamental em todas as esferas.
A triangulação incestuosa dos Sindicatos que recebem dinheiro do governo, dependem dele e por isso estão calados e os fundos de pensão, podem criar uma superespécie que até quem acha que pode, terá dificuldade em desestruturar.
O próprio Berzoini, na PEC 369/05 do Fórum Nacional do Trabalho, reconhece a necessidade da ...organização sindical livre e autônoma em relação ao Estado.

A pobreza dos debates e a repetição do mesmo (inclusive da oposição) parece ter uma só direção. A continuidade da ação paternal (Freud novamente) do Estado, visando principalmente as massas votantes e pobres do Norte e Nordeste, que ainda não sabem como será feita sua forma de inscrição na sociedade. Existe algum projeto de substituição dos diversos auxílios-bolsa? Programas de qualificação, treinamento, educação, participação ativa e não passiva na comunidade?
Os marqueteiros de ambos os lados falam, via seus candidatos, no mesmo tom monocórdio e monocromático sobre os mesmo assuntos que nunca se resolvem. Segurança, Saúde e Educação. Todos caóticos.

No Nordeste, muitos municípios tem sua principal fonte de renda nas pensões dos aposentados, nos bolsas-família e agora soube de uma bolsa maternidade que é dada às gestantes, equivalente a um e meio salário mínimo e por isso muitas adolescentes estariam engravidando deliberadamente para receber tal benefício, que pode ser um “bom” dinheiro imediato nas regiões paupérrimas e de fome do sertão. O depois fica pra depois, talvez com uma bolsa-qualquer.

Boas coisas foram feitas. FHC (ou Dona Ruth Cardoso) foi o primeiro a ver que existem vários Brasis e tentou, temporariamente acho que era a idéia, ajudar emergencialmente a saciar a fome de uma população que o sul maravilha não conhece, não faz idéia do que seja e ao invés de ter pena ( no que fazem muito bem porque a pena em si não adianta nada), tem desprezo, achando que os famintos, sem água e sem acesso aos mínimos recursos de saúde e oportunidades, fizeram uma escolha pela miséria. Dêem lhes oportunidade de resgatar a dignidade e verão um povo batalhador, alegre, que pouco pede e que quer ficar na sua terra e viver a vida em paz.

O que nos referimos é o caminho que o grande homem, pai dos trabalhadores, o pai da horda (Freud) foi responsável, agindo ou se omitindo, fazendo pactos e conchavos a torto e a direito, até perder o controle do aparelhamento do Estado, com centenas de milhares de “companheiros dos companheiros” (porque Lula não pode ter tantos), sem capacidade de gestão, fazendo com que órgãos, autarquias, secretarias, ministérios, estejam povoadas de gente indicada, quase nunca por competência, pelo único e sagrado motivo de pertencer ao partido, a exemplo da Nomenklatura, de Milovan Djilas, no livro do mesmo nome.

Não quero um pai ou mãe em Brasília, mas dirigentes honestos, que pensem no povo e saibam o que fazer com os altos impostos que pago. Geralmente os Ditadores se proclamam “pais” da nação. Estamos a caminho ou já estamos dentro? (um Congresso com 70% a favor e uma oposição silenciosa/silenciada?)

Sobre isso, ao invés de escrever, faço uso (sem permissão) de parte de um texto do Psicanalista Contardo Calligaris, escrito na Folha de São Paulo em 26 de Agôsto deste ano:

O que me choca é que eleitores possam ser seduzidos pela ideia de serem
cuidados como crianças e preferi-la à de serem governados como adultos.

Se o governo for paternal ou maternal, o que o cidadão espera nunca será exigível,
mas sempre outorgado como um presente concedido por generosidade amorosa; o
vínculo entre cidadão e governo se parecerá com o tragipastelão afetivo da vida
de família: dívidas impagáveis, culpas, ciúme passional etc. Alguém gosta disso?
Tornar-se adulto (por uma psicanálise ou não) é um processo árduo e sempre
inacabado. Por isso mesmo, a quem luta para se manter adulto, qualquer
paternalismo dá calafrios -ou vontade de sair atirando...


Se o Estado é um pai ou uma mãe para mim, eu não tenho deveres, só dívidas amorosas, e, se esse Estado me desrespeita, é que ele me rejeita, que ele trai meu amor.

Por esse caminho, amado ou traído pelo Estado, nunca me considerarei como um entre outros (o que é uma condição básica da vida em sociedade), mas sempre como a menina dos olhos do poder.
Agora, se eu me sentir traído, não me contentarei em mudar
meu voto, mas procurarei vingança no corpo a corpo, quem sabe arma na mão; pois essa é a linguagem da paixão e de suas decepções. O paternalismo, em suma,
semeia violência.


Enfim, se é verdade que muitos prefeririam ser objeto de
cuidados maternos ou paternos a serem "friamente" governados. Pois bem, nesse
caso, a psicanálise ainda tem várias boas décadas de utilidade pública entre
nós.
É uma boa notícia para a psicanálise. Não é uma boa notícia para o
mundo fora dos consultórios

.

Não foi só o PT ter ficado igual a todos a grande decepção. Foi ter ficado pior, querendo silenciar a oposição, a imprensa, se aliar aos párias mais detestados do mundo, governar por decretos e ter entrado num caminho que para retornar ao estado de transparência, divisão e alternância de poderes, terá que rasgar a própria pele. E isso dói. Eles preferem a dor nos outros.

No escrito de Freud, o pai da horda acaba sendo devorado pelos próprios filhos, e pelo que se sabe, apesar de controvérsias, Moisés é morto pelos seus liderados.

Lula pretende voltar em 2014 para mais 8 anos e manter o PT por 20 anos no governo. Terá ele tanta sorte como ele próprio reconhece que teve até agora?
As inúmeras facções internas do PT e PMDB continuarão silenciosas em troco dos polpudos pagamentos feitos para silenciá-los no estilo mensalão sindicalista?

Uma pena. O PT fez as utopias e esperanças desapareceram. Os falsos profetas da moralização do poder público estavam mentindo e colocam a massa para viver de auxílio-eleição.
O simbolismo fica mais concreto e é duro lidar com a realidade sem um pouco de fantasia, que perdemos quando o PT se perdeu.

Genaldo Vargas–

Salvador/Ba,.Setembro de 2010.
fgv@attglobal.net

domingo, 11 de julho de 2010

Épico Sumério sobre o Dilúvio - Versão que aparece na Bíblia 1700 anos depois

Atra-hasis and the Flood

(This tale from Babylonia, dated ca. 1700 BCE, is the longest
and most comprehensive of the Mesopotamian Flood stories.)

Retold and Condensed by James W. Bell

In the beginning, before men were created, the Anunnaki – the gods living on the earth – had to till the land and water it to grow their food. They found the work tiresome and too much trouble.

So they gave Enlil lordship of the earth. He summoned the Igigi, calling down from heaven the lesser gods, lower divinities without names, to do the work.

Besides tilling the soil, Enlil assigned to the Igigi the additional tasks of digging canals, river beds and keeping their channels clear. For thousands of years, the Igigi toiled for the Anunnaki. It was too much! They downed their tools and went as a group to the Ekur, Enlil’s citadel at Nippur, to demand relief.

When the Igigi arrived before Enlil’s stronghold, he ordered his doorkeeper, Nusku, to bar the gate to keep them out. But Nusku asked, “Why has your face become as pale as the tamarisk? Why do you fear your sons? Call the other gods and let them help solve this thing.”

So Enlil summoned the others, including Anu from heaven, and Enki, lord of the Abzu. Together, they stood on the ramparts of the Ekur and addressed the besiegers. “Why do you attack us?”

The Igigi answered as one, “The work you have assigned us is killing; we can no longer bear it. We have put a stop to digging and declared war.”

Then Enki took the gods inside to counsel them. “Why do we blame the Igigi? Their tasks are too hard.

“Look,” he continued, “the goddess Mami is with us. Let her create mortals, creatures to be our servants and to do our work. Then we can put the yoke of Enlil on these beings and let the Igigi return to heaven.”

The gods agreed and asked Mami to produce such creatures. But the Goddess of Midwifery demurred. “It is not prudent for me to attempt all this. Choose Enki instead, because he is wise and makes things right. If he will prepare clay suitable to the task, I will birth it.”

Enki responded, “If we use pure clay to make these new creatures, they will be like the animals, without intelligence. To make them capable of bearing the yoke of Enlil, we must slay one of the gods so his flesh and blood can be mixed with the clay to be made into a man. Then what we create will be god and man mixed together.”

The gods seized Geshtu-e, a god of wisdom, and slaughtered him. When his flesh and blood were taken and mixed with the clay, a ghost came into being so that none should ever forget him, or fail to remember that the new creature called man was part mortal and part divine.

Mami took the mixture and pinched off fourteen pieces, to create seven males and seven females. She presented them to the Anunnaki, saying, “I have done all you asked. You have slain a god of intelligence and mixed his flesh and blood with clay so I could engender men. I relieve you of wearisome work by imposing your yoke upon them. I have also bestowed upon them the ability to use the spoken word, so they may call to one another to help fulfill their tasks. Let each man choose a woman to wive so Ishtar can bless them with healthy children, to fill the earth with generations upon generations of servants.”

It was in this manner and for these reasons that man was created.

Twelve hundred years went by and the people grew numerous. The land became filled with them and their unceasing clamor. Enlil said, “The noise men make has become too much; I am losing sleep. Let Namtar come up from the depths of the Netherworld and distribute disease among them, so that their numbers and uproar may be reduced.”

The Herald of Death strewed sickness back and forth across the countryside and many died. A wise man in Shuruppak, by name of Atra-hasis, called upon Enki. “How long are the gods going to plague us? Will illness and death afflict us forever?”

Enki advised Atra-hasis, “Call together the elders. Speak to them; tell them to not worship their gods or take them offerings. Instead, let them build a house for Namtar in Shuruppak and let each household bake a loaf of fresh bread and take it to his door.”

The people listened and did as Enki advised. Namtar’s house was filled with fresh bread and surrounded with its pleasant aroma. The Herald of Death was shamed by the multitude of offerings. He drew back his hand so that disease abated. The people regained their health and the land returned to prosperity.

Another twelve hundred years passed and the people again became numerous. The Earth grew crowded and filled with a terrific din. Enlil said, “Once more, the noise made by men is causing me to lose sleep. Let’s cut off their food. Let my son, Ninurta, shut the sluice gates of heaven so that drought comes. Let crops fail and the people perish.”

When drought had held the land in its grip for six years and the people had become famished, Atra-hasis again went to Enki for help. “Call together the elders,” the god said. “Tell them not to worship their gods or make offerings to them. Instead, build a house for Ninurta. Then let each household take of what flour they have and bake a loaf of fresh bread to take to his door.”

Again, the people followed Enki’s advice. Ninurta’s house was filled with fresh bread and surrounded by its pleasant aroma. The young god knew bread was scarce and, though he was Enlil’s son, he was greatly shamed by the precious offerings given him by starving men, so he opened the clouds and let the rain fall. But nothing grew, for the land turned bitter and became encrusted with salt.

In the seventh year, when people began to eat their young, Atra-hasis went to Enki again. “We have no more flour to make bread. It rains, but the land no longer grows our crops. Will this scourge never end?”

“Call together the elders. Tell them to not worship their gods, nor make them offerings nor say prayers nor sing them songs of praise. Let the earth be as it was in the beginning; before men existed, when the gods struggled to grow their own food. Let the gods pick up their tools again and go back to tilling the land, without offerings or praise. Let them suffer.”

It was too much for the gods. Faint with hunger, they yearned to hear prayerful supplications and listen to sweet songs of praise. They relented and allowed Enki to cleanse the earth with sweet water drawn from the depths of the Abzu. With his pure water, he washed away the salt and made the land fertile again.

But, in another twelve hundred years, what had happened before occurred again. The people grew more numerous than ever and earth was filled with their shouting and curses. Enlil said, “I cannot sleep because of the bellowing of men, but I cannot bring them under control because of my brother, Enki. He protects them. Because he created them, they are his children. I will see him about this.”

So Enlil went to Enki and said, “You persuaded us to kill a god and used your power to create men. You imposed our yoke upon them but you also had Mami gift them with the spoken word. What you did was wrong, for men use their power to shout and curse and argue with each other. Now, you must swear an oath to correct the wrong you have caused. You must use your power against your creation and create a Flood to rid the earth of men.”

Enki replied, “Why should I swear an oath? And why should I use my power against my people? The Flood you mentioned, how do I have the power to give birth to such a thing? That’s work for you, Enlil, and your son, Ninurta. If you wish a Flood, then tell Ninurta to let it rain till the dams overflow and drown the land.”

Enlil was furious with Enki. “Then, I shall see it done myself; I will see that the Flood covers the earth. But, brother, you and all the Anunnaki, must promise not to try to obstruct what I am about to undertake; you must not warn men of my plan.”

With the other Anunnaki, Enki took an oath that he would not tell Enlil’s plan to any human.

That night, Enki went out and sat beside the reed wall of Atra-hasis’s house. He spoke aloud, saying, “Wall, listen to me! Reed hut, make sure you hear my words! Take this house apart and build a boat. Leave your worldly possessions behind and take aboard living things. Build the boat two stories high and pitch it with bitumen to make it strong and waterproof. For a flood will come that will last seven days and seven nights and the land will be under water.”

Now, as Enki spoke, Atra-hasis was inside his house and overheard everything the god said. The next day he hired carpenters and reed workers to tear down his house and build the boat the god described. The workmen ate and drank as they worked but Atra-hasis kept his distance, for his heart was breaking over those he knew would soon be drowned and he was vomiting bile.

The day arrived when Ninurta
bellowed from the clouds and the face of the weather changed. The winds came and Atra-hasis hurried his family and animals inside the boat. Then he cut the mooring rope and had bitumen handed up to seal the door.

The sky turned dark so no one could see anyone else. The flood roared toward them like a bull and, like a wild ass, the winds screamed overhead. There was no sun and darkness hid the land. Ninurta opened the clouds and water poured over the land. The goddess Mami watched the storm from above and wept for her people. “What father would have given birth to a raging sea?” she asked Enlil. The other gods and goddesses wept with Mami.

After the seventh night, Enlil ordered his son to stop the rain. As the waters receded, corpses were left strewn about like drowned dragonflies.

But, then, a sweet aroma from an offering went up and attracted the gods. They hovered overhead to catch the fragrance and Enlil spotted Atra-hasis and his boat. “How could anyone have survived the catastrophe?” he asked. “No form of life should have escaped. Who, but Enki, would have done this? My brother has broken his oath!”

Enki heard Enlil and answered, “Atra-hasis must have overheard me when worry caused me to talk aloud to myself. I did this in defiance of you, Enlil, to make sure life was preserved. But I never told him; I did not break my oath.”

“Men multiply continually,” Enlil said. “Again and again they crowd the earth and fill it with noise. I seek only to stop them so I’ll have peace. Why do you continue to defy me?”

“Because, brother, if you destroyed men to rid the earth of noise, who would be left to grow our food? It would be as it was in the beginning.”

Enlil perceived the wisdom in Enki’s answer and he was shamed. “Then, what is to be done?” he asked. “If nothing is changed, in another twelve hundred years, there will be too many people again.”

Enki said, “To prevent that from ever happening again, let the gods decree that a third of the women shall be barren and another third shall be unsuccessful in childbirth. In addition, let the women in the temples be made taboo, so they too will not bear children. By decreeing this, the gods will continue to have men for their servants but there will never be too many again, and the gods and men will live together evermore at peace.”

Enlil rejoiced at hearing his brother’s resolution and praised him for his astuteness.


James W. Bell’s
Ancient Sumeria




CHARACTERS AND PLACES

Abzu – (also Apsu) the fresh water in rivers and beneath the ground.
Anu – (An in Sumerian) the chief god in heaven, father of the gods on the
earth.
Anunnaki – (sometimes Anunna) the gods who lived on the Earth.
Atra-hasis – (also Atrahasis, Utnapishtim, Ziusudra) the wise man of
Shuruppak who saved mankind in the Flood.
Ekur – (literally “mountain house”) Enlil’s citadel in Nippur, located on the
upper Euphrates River.
Enki – (Ea in Akkadian) Enlil’s brother; God of the Abzu, the wisest and
craftiest of the major gods on earth.
Enlil – (Ellil in Akkadian) Enki’s brother; God of the Air, the most power-
ful of the major gods on earth.
Geshtu-e – an unknown god, possibly a Sumerian play on words.
Igigi – the lesser gods in heaven without individual names.
Ishtar – (Inanna in Sumerian) Goddess of Love and War, represented by
Venus, the evening / morning star.
Mami – (Ninhursag, Ninmah and Nintu in Sumerian) The Earth Goddess;
Mother Nature.
Namtar – (also Namtara) Herald of Death; son of Ereshkigal, Queen of the
Netherworld.
Netherworld – a dark, dismal place underground where the dead spend
eternity.
Ninurta – (also Adad) Enlil’s son, a young storm god who rode the clouds.
Nippur – an ancient Sumerian city on the upper Euphrates River; a holy
city much like today’s Mecca.
Nusku – Enlil’s vizier and doorkeeper of the Ekur.
Shuruppak – an ancient city on the Euphrates River, midway between Nip-
pur and Ur.
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Anciente Sumeria

Sumeria

CHARACTERS AND PLACES



Abzu – (also Apsu) the fresh water in rivers and beneath the ground.
Anu – (An in Sumerian) the chief god in heaven, father of the gods on the
earth.
Anunnaki – (sometimes Anunna) the gods who lived on the Earth.
Atra-hasis – (also Atrahasis, Utnapishtim, Ziusudra) the wise man of
Shuruppak who saved mankind in the Flood.
Ekur – (literally “mountain house”) Enlil’s citadel in Nippur, located on the
upper Euphrates River.
Enki – (Ea in Akkadian) Enlil’s brother; God of the Abzu, the wisest and
craftiest of the major gods on earth.
Enlil – (Ellil in Akkadian) Enki’s brother; God of the Air, the most power-
ful of the major gods on earth.
Geshtu-e – an unknown god, possibly a Sumerian play on words.
Igigi – the lesser gods in heaven without individual names.
Ishtar – (Inanna in Sumerian) Goddess of Love and War, represented by
Venus, the evening / morning star.
Mami – (Ninhursag, Ninmah and Nintu in Sumerian) The Earth Goddess;
Mother Nature.
Namtar – (also Namtara) Herald of Death; son of Ereshkigal, Queen of the
Netherworld.
Netherworld – a dark, dismal place underground where the dead spend
eternity.
Ninurta – (also Adad) Enlil’s son, a young storm god who rode the clouds.
Nippur – an ancient Sumerian city on the upper Euphrates River; a holy
city much like today’s Mecca.
Nusku – Enlil’s vizier and doorkeeper of the Ekur.
Shuruppak – an ancient city on the Euphrates River, midway between Nip-
pur and Ur.